quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ADOTE UM GATINHO OU GATINHA!



Que importa se eles trazem pedigri, se tem lacinho de fita no pescoço, se lhe entregaram numa cesta com fita vermelha e uma pequena almofada gostosa de deitar.
Aquele que pode ser seu grande amigo não precisa vir do petshop. Pode estar ‘sutilmente’esquecido numa praça. Pode não ter conhecido o carinho da mãe, não ter desfrutado do seu leite da vida. Fora-lhe possivelmente arrancado dela, quando esta caçava algum alimento. Quando destroçava sacolas de plástico para alimentar o corpo e suas crias. Os irmãos também foram parar na praça, na porta de um açougue, no mercado público, no cemitério, em lugares que talvez nunca encontrem comida. Alguns encontrarão uma doce senhora que lhe colocará comida na rua e isso incomodará o vizinho da direita, o da esquerda, aquele cara que mora há uma quadra dali. Outros cometerão um crime, violarão à Constituição Federal, leis e decretos federais, estaduais, municipais. Quem se importa com lei de animais, elas existem?
Mas aquele que pode ser seu grande amigo deve estar bem próximo a você, no portão, no telhado, no jardim do vizinho. Não vai correr atrás, balançar o rabo, fazer olhar de “quero ser seu” ou “você é a única coisa que tenho no mundo”. Os gatos trazem a liberdade dentro dos olhos, são pacientes, ensinam muito com seu silêncio. Porém, vão adorar um carinho na barriga, vão esfregar seu pêlo macio quando você menos esperar. Vão sentir coisas suas muito antes de você mesmo percebê-las. Se subir no seu colo, é porque confia tanto em você... Vai “filosofar” um pouco, mas você vai aprender muito com isso. Ora vai suprir tua carência, mas quando a troca de carinho for sincera, quando seus olhos também demonstrarem amor, quando você respeitar que todos nós temos nosso tempo e o dele, passa de um jeito diferente.
Ele pode ter pouco pêlo, ser fino e magrinho, ter a cabeça desproporcional ao corpo, ser todo malhadinho, não ter cor definida, ser como gatos de calendário (já reparou que gatos de calendário são aqueles mouriscos, sem raça definida?). Pode ter sofrido acidente, ter uma perninha mais curta, ter ficado sem visão. Mas vai ser sempre o filósofo, o paciente, vai saber esperar seu carinho e vai se enroscar na sua perna num balé que demonstra amor.
Por isso, hoje repare na rua, no jardim, na porta do restaurante, no estacionamento. Ajoelhe-se, sente no chão, estenda a mão. Lembra do carinho na barriga? Atrás da orelha, no pescoço. Esqueça o medo, permita-se sorrir, mesmo que outras pessoas estejam lhe olhando sem entender, ou todos a volta ignorem vocês dois. Volte a ter quatro anos de idade, mexa com os dedos...abra principalmente o coração e leve um grande amigo para casa.

Campanha da Aprov para que gatinhos e gatinhas vítimas de abandono encontrem um lar.

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