segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE A ANIMAIS VÍTIMAS DA TRAGÉDIA DAS CHUVAS



Casal reencontrou a cadela Dara no abrigo
(Foto: Glauco Araújo / G1)


Cresce a ajuda de ONGs e voluntários aos animais que também são vítimas da tragédia no Rio de Janeiro. Qualquer contribuição faz a diferença. É importante que consigamos fazer essa mensagem chegar ao maior número de pessoas, portanto, mobilize sua lista de contatos, malas-diretas, enfim, aumento essa corrente do bem.

A seguir, matéria divulgada no site G1, do sistema Globo, dá detalhes de como podemos ajudar (http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/chuvas-no-rj/noticia/2011/01/apos-chuva-mais-de-150-caes-sao-resgatados-em-teresopolis.html)


Após chuva, mais de 150 cães são resgatados em Teresópolis
Casal encontrou com cadela depois de 4 dias em abrigo, neste domingo.
Animais são vacinados, vermifugados e recebem alimentação.

Glauco Araújo
Do G1 RJ, em Teresópolis


Muitos cães foram abandonados por moradores das cidades atingidas pelos alagamentos e deslizamentos de terra, desde terça-feira (11), quando uma forte chuva provocou destruição na Região Serrana do Rio de Janeiro. O pânico e o desespero para se salvar fizeram com que muitos animais de estimação fossem deixados para trás.

Em Teresópolis, cerca de 150 cachorros foram encontrados com ferimentos, soterrados ou presos nas casas atingidas. Esse foi o caso de Daniel Ferreira Mendonça e Maria Ferreira Yoros, que moram no Bairro Caleme, uma das áreas mais atingidas pela enxurrada em Teresópolis. “Saímos correndo de casa sob o risco de desabamento e a deixamos lá, pois não dava para levá-la junto.”

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VEJA GALERIA DE FOTOS DOS ANIMAIS
Mendonça disse que, depois de ter o acesso a sua casa liberada pela Defesa Civil, voltou para ver Dara, sua cadela de estimação. “Para nossa surpresa, ela não estava mais lá. Não Sabemos se fugiu ou a levaram embora”.


Casal reencontrou a cadela Dara no abrigo
(Foto: Glauco Araújo / G1)A sorte dele é que Dara foi levada por voluntários para o abrigo da Organização Não-Governamental (ONG) Estimação, no Bairro Meudon. “Viemos tentar a sorte e ela [Dara] estava lá. Quando nos viu, começou a chorar. Nem precisamos de documentos para provar que somos os donos dela, pois foi Dara que nos reconheceu no abrigo”, disse Maria.

Depois de quatro dias hospedada no abrigo para cães, Dara ganhou uma coleira nova, novos potes de água e comida e um saco de ração.

Adoção
Segundo o biólogo Guilherme Andreoli, do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, a maioria dos cães levados para o abrigo é colocado para adoção. “Já concretizamos mais de 20 adoções, mas precisamos que mais cães sejam adotados. Só houve um caso de um beagle abandonado, que foi adotado e o dono apareceu depois pedindo pelo cão. Aí o processo adotivo foi cancelado e o beagle voltou para seu antigo dono.”


Voluntária passeia com cães em abrigo
(Foto: Glauco Araújo / G1)Todos os animais, logo que chegam ao abrigo, passam por triagem para avaliação veterinária. “Temos voluntários da área médica veterinária, incluindo estudantes e professores, que fazem a análise de possíveis fraturas, lesões, ferimentos e estado geral de saúde do cão. Eles são vacinados e vermifugados. Em seguida, se for o caso, o animal faz raio-x ou é medicado até se recuperar totalmente”, disse Andreoli, que está ajudando a ONG Estimação.

Passeio antiestresse
Entre os trabalhos feitos pelos voluntários no cuidado com os cães abandonados está terapia anti-estresse. “É normal, até mesmo pelo que passaram, que os cães fiquem estressados, ainda mais agora que têm de conviver com outros cães que nunca tinham visto. Uma das saídas para isso ;e levar cada um dos cachorros para passear”, afirmou Andreoli.

A aposentada Clarice Trindade, 66 anos, veio do Rio de Janeiro para acompanhar a filha, que se voluntariou para cuidar dos cães abandonados, e de quebra passeou com vários cães pelo Bairro Meudon. “Já saí com seis cachorros. Eles ficam relaxadinhos. Eu fico feliz e o cachorro fica sem estresse.”

A voluntária Terezinha Gaia, 60 anos, descobriu, ao passear com uma cadela, o nome de sua nova companheira de coleira e a história dela. “A Bolinha, como é chamada pelos funcionários de uma loja de material de construção, dormia no prédio deste estabelecimento. Eles me disseram que ela tinha sumido no período da chuva.”

Segundo Terezinha, a cadela tinha tido filhotes há poucos meses e ainda estava amamentando a cria. No abrigo, ela virou ama de leite de oito filhotes abandonados. Bolinha está na fila de doação.
Para Rogério Franco, dono do Canil Bom Retiro, que também, funciona como hospedagem para cães, o importante é tirar os animais das ruas para evitar problemas de zoonoses. “O cuidado com esses animais evita doenças e problemas sanitários. Eu, por exemplo, não pude aceitar o pedido de donos de cães, que perderam suas casas, para abrigar o animal no meu canil. Não tenho água e isso é essencial para lavar o espaço usado pelo cachorro e também para manter a hidratação.”

Os abrigos pedem doações de ração úmida (daquelas em lata), ração comum, panos velhos, jornais, papelão, focinheiras, coleiras e cercadinhos de arame para separar os animais

domingo, 16 de janeiro de 2011

ANIMAIS E A TRAGÉDIA NO RIO DE JANEIRO



Não podemos ficar indiferentes. Quem acompanhou pelos noticiários a tragédia vivida pela Região Serrana do Rio sofreu com a perda de vidas humanos e com o sofrimento da população. Mas nos emocionamos com o resgate da dona Elair, que na iminência de perder a vida, tentava salvar seu fiel amigo cão. As cenas mostravam que ela perdeu outros animais de estimação. O que falar das vidas de animais que as imagens não registraram? Quantos perderam família e lares?
É possível ajudar esses animais. Veja abaixo como, em matéria veiculada pela WSPA.


WSPA coordena auxílio aos animais, vítimas das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro

Com a tragédia que assolou a Região Serrana do Rio (Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis), nos últimos dias, e o estado de calamidade na região, a WSPA divulga uma campanha de doação e faz um apelo aos que desejam colaborar no auxílio aos animais, atingidos pelas fortes chuvas que castigaram o local.

Como posso ajudar?
Há duas formas de prestar ajuda neste momento: em dinheiro ou em forma de produto, doando ração e medicamentos veterinários para os animais.

As doações em dinheiro podem ser feitas por depósito em nome de:



Defensores dos Animais
CNPJ: 04.363.242/0001-09
Banco Bradesco
Agência: 0279 Dígito: 8
Conta-poupança: 172813-0




Apenas essa conta é a oficial, coordenada pela WSPA. Todos os recursos serão empregados na prestação de socorro e prevenção de doenças em prol do bem-estar dos animais.

Caso você queira doar alimento (ração para cães e gatos) e medicamentos veterinários, veja abaixo os endereços para entrega na própria região atingida. A WSPA também fez contato com alguns parceiros para apoio à campanha. O Laboratório Merial doará um lote de vacinas para prevenção da Raiva e Leptospirose, as quais serão encaminhadas para uma clínica veterinária parceira na região de Itaipava. A Pedigree confirmou a doação de 1 (uma) tonelada de ração para cães e gatos.

A WSPA coordena essa ação em apoio aos animais, junto às seguintes ONGs afiliadas: a Defensores dos Animais (Rio de Janeiro), o GAPA (Itaipava) e a AnimaVida (Petrópolis), a Combina (Nova Friburgo) e SOS Animal (Teresópolis), que estão se mobilizando regionalmente, visando minimizar o sofrimento dos animais.

A situação atual é grave. A área afetada reúne muitas espécies em abrigos, haras, sítios, além de centenas de animais abandonados nas ruas, cenário agravado pela situação atual das famílias desabrigadas. Segundo o último balanço do governo do Estado do RJ divulgado em 13/01, Petrópolis tem 6.500 desabrigados ou desalojados, e 1.500 casas total ou parcialmente destruídas. Em Teresópolis, são 960 desalojados e 1.280 desabrigados. Em Nova Friburgo, 3.220 desalojados 3.220 e 1.970 desabrigados.

Endereços para entregas de doações na região:
Ração, materiais, medicamentos:


GAPA - Grupo de Assistência e Proteção aos Animais Itaipava
Telefone: (24) 2222-8419

Clínica Bicharada
Estrada União Indústria, 10661, Itaipava/ Petrópolis (RJ) – CEP: 25750-225

ONG Combina (Companhia dos Bichos e da Natureza)
Rua José Eugênio Muller, 36, Centro – CEP: 28610-010 – Friburgo – Rio de Janeiro

Armazém do Gemmal
Estrada União e Indústria, 10.733, Itaipava – CEP: 25750-225
Tel: (24) 2222.0298

http://www.wspabrasil.org/latestnews/2011/WSPA-coordena-auxilio-aos-animais-vitimas-das-enchentes-na-regiao-serrana-do-Rio-de-Janeiro.aspx

ATROPELAMENTO DE ANIMAIS





Após atropelamento, Tom vagou por pelo menos duas semanas. A ferida foi tomada por parasitas. Hoje se encontra em recuperação e nós da Aprov procuramos uma família que queira acolhê-lo.





John foi atropelado e passou dias e dias perambulando pelas ruas do Crato. Quando socorrido, não resistiu à cirurgia. A infecção já havia se generalizado.


Kakita foi resgatada pela Aprov. Sobreviveu e está de volta a sua família

A Aprov tem acompanhado um crescente número de animais vítimas de atropelamento. O que nos causa indignação é a indiferença observada na grande maioria dos casos. A omissão de socorro é praticamente a regra nessas situações. Muitas vezes, os animais quando não morrem, agonizam dias, até serem acometidos por infecções generalizadas.

O que precisamos chamar atenção é que a jurisprudência tem mostrado que o atropelamento sem prestação de qualquer socorro se inclui em maus-tratos, já que negar assistência veterinária a animais doentes ou feridos é tipificado pelo Decreto Lei 24.645/1934 e considerado crime, passivo de detenção, pela Lei de Crimes Ambientais – Lei Federal 9.605/1998.

Recentemente (em outubro de 2010), no Rio Grande do Sul, um motorista foi denunciado e pode responder a processo judicial por atropelar duas galinhas, fato presenciado por uma promotora de Justiça que atua na área ambiental. O fato, que gerou polêmica, chama atenção para um crime que ocorre todos os dias em vias públicas e rodovias de todos os estados.

É importante não permanecer indiferente a esses fatos. E qualquer cidadão ou cidadã pode e deve denunciar. Se você presenciar essa infração, anote placas de carros, tire fotos e ligue para a polícia dizendo que presenciou um crime ambiental. O flagrante pode ser fundamental. Vá a uma delegacia. Lembre-se, que nesses casos, o laudo de um veterinário pode ser muito importante. Se estiver ao seu alcance, socorra, salve uma vida.

Nas fotos, animais socorridos e acompanhados pela Aprov. Muitos não resistiram aos ferimentos e infecções.

A seguir, a íntegra da matéria divulgada no portal O DIA ON LINE, em 20.10.2010:


Motorista responderá a processo por atropelar duas galinhas

Porto Alegre - O atropelamento de duas galinhas pode levar o motorista Alexandre Ribeiro do Prado, 24 anos, a responder um processo na Justiça no Rio Grande do Sul. A morte das aves ocorreu na última sexta-feira em São Valentim, interior do Estado, e poderia ter passada desapercebida não fosse o testemunho de uma promotora de Justiça, que atua na área ambiental.

Karina Albuquerque Denicol viajava pela rodovia RST-480, quando, após ultrapassar um caminhão, assistiu pelo retrovisor ao atropelamento dos animais.Com a certeza de que o fato poderia ter sido evitado, a promotora acionou a Polícia Militar e agora pretende denunciar o caminhoneiro à Justiça.

Alexandre Ribeiro do Prado transportava 12 mil quilos de carne suína em um caminhão frigorífico de 10,5 metros e com 4,2 metros de altura. Alguns metros à frente do local onde ocorreu a morte das galinhas, ele foi parado por policiais. "O caminhão estava carregado, e eu não podia frear de repente porque senão iria tombar, podendo morrer ou matar alguém", defendeu-se o motorista.

Comunicado de que seria processado pelo atropelamento, caracterizado como crueldade contra animais - crime previsto na Lei de Contravenções Penais - Alexandre ligou para o patrão, em Chapecó, pedindo socorro. "Eu nem acreditei. Vou pagar a despesa do advogado e vou até o fim com este processo", disse o gerente da transportadora, Eloi Moretto.

O auto chegou nesta terça-feira ao Fórum de São Valentim. São 16 páginas narrando o fato, com fotografias tiradas pela PM. O documento foi enviado para o Ministério Público, e a promotora Karina, antes testemunha do fato, deve decidir agora se denuncia ou não o motorista:

"Parece ridículo porque são galinhas, mas como promotora ambiental acho que qualquer vida tem que ser preservada. Ficou evidente que ele poderia ter parado e não fez", declarou.

Uma audiência foi marcada para 3 de novembro, e a promotora pretende oferecer o benefício da transação penal ao motorista, uma vez que ele não tem antecedentes criminais. Com o pagamento de um salário mínimo, a ser doado a uma instituição de proteção ao ambiente, Prado pode se livrar do processo.