ARTIGOS
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Coisas que Você Precisa Saber Sobre a "Carrocinha"
4. A CARROCINHA MATA. Somente uma pequena parte dos animais recolhidos
são resgatados pelos donos ou adotados pela comunidade. A maioria dos
cães e gatos são sacrificados ou doados para estudo em universidades,
onde muitas vezes são torturados em experiências dolorosas
(vivissecção), após as quais a morte é um verdadeiro alívio.
5. 2. A própria Organização Mundial da Saúde NÃO recomenda a simples
captura e extermínio de cães e gatos como forma de controle populacional
e de combate à zoonoses. A OMS aponta como medidas eficazes o controle
de natalidade pela esterilização, o controle ambiental e principalmente
a educação para a posse responsável de animais de estimação. A
"carrocinha", além de ser um método cruel e contrário às leis nacionais
e internacionais de proteção aos animais, NÃO RESOLVE O PROBLEMA. A
política de captura e eliminação de animais errantes não é econômica,
racional ou humanitária.
Em relação à prevenção da raiva, relatos de áreas de foco no México e
Colômbia indicaram que a apreensão e eliminação de animais não preveniu
novos focos da doença, devendo-se atuar na imunização dos animais
(vacinação) e conscientização para a propriedade responsável.
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3. Os órgãos de Saúde Pública costumam potencializar a transmissão de
doenças como desculpa para a matança sistemática de cães e gatos. Em
geral os animais contraem doenças em razão da negligência e falta de
informação da própria comunidade, principal responsável pelo abandono de
animais nas vias públicas. Mais uma vez, matar não é a solução. Enquanto
a população não for orientada, continuará permitindo a procriação
descontrolada de animais que passarão a viver nas ruas sem alimentação,
higiene e cuidados preventivos, tendo como conseqüência as doenças.
Trata-se de um ciclo vicioso onde os animais são vítimas da
irresponsabilidade dos seres humanos.
? 4. Por outro lado, quem convive responsavelmente com animais de
estimação sabe dos benefícios que os mesmos trazem às pessoas. Estudos
internacionais comprovam a eficácia da presença de cães, gatos e cavalos
como suporte à terapias com crianças com problemas físicos e emocionais
(zooterapia). Ainda, os animais de estimação desempenham papel
fundamental como companhia de pessoas idosas. Sendo assim, a tentativa
do poder público de apresentar os animais como "criminosos", verdadeiras
ameaças ao bem estar dos seres humanos, além de injusta, infere pânico à
população, contribuindo ainda mais para sua ignorância com relação ao
assunto, além de incentivar atos ilegais de abandono e maus tratos.
? 5. Em nome da saúde pública, atrocidades estão sendo cometidas pelos
Centros de Controle de Zoonoses (CCZs) em todo o Brasil, com denúncias
de animais mortos em câmaras de descompressão, por injeção letal sem
aplicação prévia de anestésico, com eletrochoques e até a pauladas.
? 6. Tradicionalmente todos os animais, sem distinção de idade, espécie,
tamanho ou estado de saúde, são manejados através do cambão, que é um
laço fixado a um cabo rígido para evitar a aproximação do animal de quem
os maneja. O cambão produz resultados desastrosos, ocasionando
ferimentos, mutilação e até mesmo a morte do animal apreendido.
? 7. Em geral não há registros formais relativos ao número de animais
apreendidos, motivo do sacrifício (curiosamente, em alguns casos, todos
os animais que entram nos CCZs estão doentes a ponto de serem
sacrificados), e principalmente, o método de sacrifício. Quando
entregues para estudo nas universidades ou doados para entidades de
proteção, não há registros que comprovem a recepção do animal no seu
destino, oportunidade para que abusos ocorram sem que ninguém tome
conhecimento. A falta de controle nos CCZs tem ainda como conseqüência a
morte de animais antes do prazo legal para resgate pelos donos. Em
municípios sem dispositivos de cadastramento e identificação de cães, o
problema é maior, visto que nos casos de fuga ou perda dos animais, não
há condições de localização do dono a curto prazo. A falta de informação
faz com que muitos donos não consigam chegar a tempo de salvar seus
companheiros da morte.
? 8. Os CCZs sacrificam animais lá entregues por seus próprios donos.
Este fato lamentável ocorre por diversas razões, desde a falta de
condições de pagar tratamento veterinário, até por que o animal velho
está sendo substituído por um filhote (em tempos de pessoas
descartáveis, o que sobra aos animais ?) Na maioria das vezes, estas
pessoas que transferem sua responsabilidade aos demais contribuintes, em
pouco tempo voltam a comprar animais e reincidem no erro. Nestes casos a
Prefeitura está não só utilizando indevidamente o dinheiro do
contribuinte. Abre portas para uma forma cômoda de descarte,
incentivando o comportamento irresponsável.
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9. Se você for contra a "carrocinha", SAIBA QUE NÃO ESTÁ SOZINHO. A
disseminação de informações, principalmente via Internet, faz com que
cresça a cada dia o número de cidadãos que repudiam este método arcaico
no tratamento da problemática dos animais urbanos. Eleitores e
contribuintes não querem mais que seu dinheiro seja desperdiçado com
ações que não apresentam solução definitiva ao problema. Felizmente,
aumenta também o número de políticos progressistas que já estão
trabalhando por campanhas educativas e de esterilização em seus
municípios. Pode-se citar como exemplo Taboão da Serra (SP), Jundiaí
(SP), Curitiba (PR), Teresópolis (RJ), Florianópolis (SC), Boa Vista
(RR) e grandes centros urbanos como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo
(SP). Pessoas bem informadas concordam que a "carrocinha" representa uma
visão tão antiga e atrasada quanto o próprio termo popular, originado do
fato dos animais apreendidos serem transportados por um veículo de
tração animal.
? LEIS QUE PROTEGEM OS ANIMAIS:
? Declaração Universal dos Direitos dos Animais,1978
? Constituição Federal, Art. 225
? Lei 9.605/98 (LEI DE CRIMES AMBIENTAIS), Art.32
? Decreto Federal N° 24.645/34
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Mais informações sobre as brutalidades cometidas pela "carrocinha" no
Brasil: www.carrocinhanuncamais.com
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