segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
FEIRA DE ADOÇÃO DE CÃES E GATOS É UM SUCESSO DURANTE O DOCE NATAL
(A visita de amigos protetores. Seu Mundinho e Francisca)
(Nosso stand)
(Nossos filhotes)
("Sou muito pequenino, mas ganhei um lar")
(Os gatinhos fizeram o sucesso da feira)
(Alegria estampada na primeira feira de adoção da Aprov)
(Adoção em família)
Na tarde de ontem, domingo (13), a Associação de Proteção à Vida (Aprov) realizou com sucesso sua primeira feira de adoção de cães e gatos abandonados. O sucesso foi tanto que já está marcada a segunda edição da feira: próxima sexta, 18 de dezembro, a partir das 17 horas no Centro Cultural do Araripe (Rffsa).
Os animais cativaram o público que passou pela Praça da Sé, durante as festividades da quinta edição do Doce Natal, realizado pela Prefeitura Municipal do Crato. Dos 18 animais, 11 ganharam um lar. A maioria adotada foi de felinos – nove – demonstrando que o preconceito que alguns têm com adoção de gatos pode (e deve) ser enfrentado.
Antes de levarem os bichinhos para casa, os interessados conversavam com integrantes da Aprov que realizavam pequena entrevista para o cadastro da entidade. Esse cadastro ajuda a associação a acompanhar a adoção do animal, especialmente nos primeiros meses, quando são dadas as principais vacinas. Além disso, cada um assinou um termo de adoção, responsabilizando-se pelos cuidados com o novo integrante da família.
Aqueles interessados em adoção, mas que não encontraram ontem o seu animalzinho, preencheram também um cadastro de intenção. Nesse cadastro, além de nome completo, endereço e telefone, a pessoa deixa informações sobre que tipo de animal quer adotar, como: espécie, tamanho, idade e sexo. Com esses dados, a Aprov pode contactar essas pessoas para futuras adoções.
Os animais destinados à adoção receberam tratamentos médicos, através das clínicas veterinárias Canifel, Mundo Animal e Recanto dos Animais (Crato) e Clivet (em Juazeiro). Além disso, todos foram vermifugados e receberam as primeiras vacinas, de acordo com suas idades. Esses animais foram encontrados na rua, abandonados por seus donos ou ainda recolhidos pelo Centro de Zoonoses do Cariri. A maioria é vítima de maus tratos e desenvolvia doenças oportunistas, como verminose e sarna.
Para a feira da próxima sexta, a Aprov pretende levar mais animais e repetir o mesmo sucesso desse domingo.
Não esquecer, a feira começa finalzinho de tarde, às 17:00h.
SEMPRE É HORA DE EDUCAR...
(Protetora faz entrevista para garantir a adoção responsável)
Trabalho educativo
A feira de adoção, promovida pela Aprov (Associação de Proteção à Vida), marca a história do Cariri. Ela foi a primeira feira de adoção de animais carentes, realizada na região. Apesar da novidade, a população cratense recebeu com entusiasmo a proposta e 11 animais ganharam um lar.
A feira teve também o objetivo de repassar informações sobre cuidados com cães e gatos e posse responsável. Para isso, a Aprov contou com o apoio de veterinários amigos: Dr. Stepherson (Recanto dos Animais) e Dr. Henrique (Canifel) que participaram da feira, orientando os visitantes.
No stand, integrantes da Aprov distribuíram, ainda, materiais educativos enquanto conversavam informalmente com a população. Na ocasião, foram também vendidas blusas e bolsas com as mascotes da entidade; vendas que ajudam a manter a associação cujo trabalho é voluntário.
Mas, a principal contribuição da feira foi mesmo estimular a cultura de adoção de animais carentes. E a população do Crato vem se mostrando bem sensível a essa ideia. Com as adoções feitas no último domingo (13), a Aprov já contabiliza mais de cem adoções, entre cães e gatos, desde sua criação em maio deste ano.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
APROV PRESTIGIA QUINTA EDIÇÃO DO DOCE NATAL
A quinta edição do Doce Natal – maior campanha social do Interior do Ceará que acontece no Crato – conta este ano com um atrativo especial: a campanha “Leve um amigo para casa” para adoção de animais abandonados. Nos dias 13 e 18 próximos, a Associação de Proteção à Vida (Aprov) estará com um stand com cães e gatos destinados à adoção.
Dia 13 – na abertura oficial do Doce Natal – o stand será montado na Praça da Sé, a partir das 17 horas. Já no dia 18, o stand estará no Centro Cultural do Araripe (Rffsa) também às 17 horas. Na ocasião, integrantes da Aprov distribuirão materiais educativos sobre cuidados com animais e posse responsável. Estarão ainda à venda camisetas e bolsas com as mascotes da Aprov.
Os animais destinados à adoção receberam tratamentos médicos, através das clínicas veterinárias Canifel, Mundo Animal e Recanto dos Animais (Crato) e Clivet (em Juazeiro). Além disso, todos foram vermifugados e receberam as primeiras vacinas, de acordo com suas idades. Esses animais foram encontrados na rua, abandonados por seus donos ou ainda recolhidos pelo Centro de Zoonoses do Cariri. A maioria é vítima de maus tratos e desenvolvia doenças oportunistas, como verminose e sarna.
A Associação de Proteção à Vida (Aprov) foi criada dia 30 de maio de 2009. Apesar dos poucos meses, a Associação conta com mais de 150 sócios e já foi responsável por 90 adoções entre cães e gatos. Todo o trabalho da Aprov é voluntário e sua manutenção é feita, através de doações espontâneas e de seu Quadro Social. Além disso, a Aprov realiza mensalmente o Bazar da Solidariedade que acontece em bairros ou em comunidades carentes do Crato.
O Doce Natal é uma realização da Prefeitura Municipal do Crato, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude, criado, a partir da iniciativa da primeira-dama do município, Mônica Araripe. Este ano, a quinta edição traz como tema central: "Adoção: adote uma praça, adote um animal, adote uma criança, adote uma família, adote uma postura cidadã, adote uma instituição.".
Mais informações sobre a Aprov: (88) 8845-3542 (Antonia Ferreira) ou e.mail contato.aprov@gmail.com; www.souprotetor.blogspot.com. Encontre a gente também no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx.
Confira a Programação do Doce Natal:
13/12 a partir das 20h na Praça da Sé: Abertura Oficial, com apresentações culturais, chegada do Papai Noel; Show Pirotécnico; e Feira de Adoção “Leve um Amigo para casa” (Aprov)
16/12 a partir das 19h: Cortejo com Grupos Folclóricos, Papai Noel, palhaços, mágicos e personagens infantis pelas ruas da cidade; e Natal dos Garis
17/12 a partir das 19h na AABB/Crato: Apresentação de “O Mundo Encantado na Fantástica Fábrica do Doce Natal”
18/12 a partir das 19h no Centro Cultural do Araripe (Rffsa): Apresentações culturais com distribuição de brinquedos e guloseimas; Show Pirotécnico; e Feira de Adoção “Leve um Amigo para casa” (Aprov)
19/12 a partir das 16h no Mirandão: Encerramento do Doce Natal 2009, com distribuição de presentes; shows musicais; e despedida do Papai Noel
De 7 a 18/12: visitas a hospitais, abrigos, presídios, Apae, com a participação de personagens natalinos, Doce Ciranda
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
A história de Tibe: esclarecer os fatos para que haja justiça!
A História que a Aprov (Associação de Proteção à Vida) relata, aqui, é daquelas histórias estarrecedoras. Daquelas que mexem com o coração e com a razão, porque o desejo de resposta, de justiça não é mais o desejo de uma família, mas de uma sociedade inteira.
O relato que fazemos conta o drama e a dor da família Milfont, mas, principalmente, a dor do Tibe, um poodle de 10 anos de idade. Cuidado como devem ser cuidados todos os animais, mas tendo a sorte que a maioria não tem, Tibe recebera uma vida inteira de cuidados, atenção e respeito.
Tratado como membro da família, como deve ser, mas, já sofrendo as sequelas do tempo, apresentou sintomas de artrose. A família cuidou de tratá-lo. A ideia, inclusive, era fazer uma cadeirinha de rodas, para que tivesse mais conforto.
Na clínica da Dra. Tarcila Oliveira, Clivet, além dos cuidados para a doença que lhe acometia, a família foi aconselhada a fazer um exame de Calazar. Assim, sempre pensando no bem-estar do Tibe, nosso amigo foi levado à clínica do médico veterinário que lhe acompanhou durante seus dez anos, Robério Cruz, da Dog Lar.
Em 31 de outubro de 2009 foi colhido seu sangue. O resultado do exame para o Calazar saiu no dia seguinte e a família recebeu a notícia por telefone de que o mesmo dera positivo. O drama e a dor sentidos pelos Milfont, bem, só os mesmos podem relatar...
A recomendação, nesses casos, é de que o animal seja sacrificado, porque se torna um potencial transmissor da doença, a qual acomete animais e também seres humanos. O animal foi enviado à clínica Dog Lar para que lhe fosse feita a eutanásia.
Ao veterinário, foram-lhe pagos R$ 50,00 (sendo R$ 20,00 pelo exame e R$ 30,00 pela eutanásia). O que a família sabia, era que seria usado o procedimento recomendado: anestésico, seguido da injeção letal de cloreto de potássio. O corpo do animalzinho seria, ainda, enterrado num sítio em Arajara (distrito da cidade de Barbalha).
Treze dias depois, o cachorrinho Tibe foi encontrado perambulando pelas ruas do Crato, em frente ao Hospital São Francisco. Arrastando-se, com feridas em várias partes do corpinho, nas patas e nos quadris. Um anjo que ama animais, que já conhecia o trabalho da Aprov, o encontrou e o levou para uma outra clínica veterinária, de um veterinário associado e colaborador da Aprov: Dr. Henrique Lima, da Canifel.
A semelhança com o Tibe era enorme, Dr. Henrique contactou a família que constatou ser mesmo o Tibe: o mesmo animal deixado na Dog Lar para que lhe fosse dada morte digna, sem sofrimento.
Que conclusões podem ser tiradas dessa história? A Aprov, como toda sociedade, clama por uma investigação dos fatos. De quem é a responsabilidade?
Procurado pela reportagem do programa Rota, da TV Verde Vale, a resposta dada ao repórter Cícero Lúcio é a de que o próprio veterinário, Dr. Robério Cruz, aplicara no Tibe 10 ml de cloreto de potássio. Ainda segundo o veterinário, depois de parada cardíaca, Tibe teria sido colocado em um saco. Para o veterinário, parecia um “milagre”, não havia explicação para aquilo.*
Nosso amiguinho Tibe, se acometido pelo Calazar – com toda essa situação a família refez o exame e espera pelo resultado. Dessa vez, o exame foi encaminhado para análise em Belo Horizonte, procedimento padrão das clínicas veterinárias do Ceará –, ao passar 13 dias vagando nas ruas do Crato, tornou-se um problema de saúde pública. Pois sabemos que o cão contaminado pode virar alvo do mosquito flebótomo, o qual tem a capacidade de abrigar e transmitir o parasita e consequentemente é considerado o vetor da leishmania, o que contamina também o ser humano.
Além disso, a família – que pagou por um serviço clínico e cujo resultado foi de longe o esperado – pode, ainda, recorrer aos órgãos de defesa do consumidor. Para tanto é necessário que esse fato seja esclarecido pelos órgãos competentes: o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará** e a própria justiça.
Para a Aprov, que defende a vida, que luta, especialmente, pelo respeito e pela ética para com a vida animal, esse é um “milagre” que precisa ser esclarecido. É nossa missão: promover a defesa de bens e direitos relativos aos animais e ao meio ambiente. Portanto, o que se clama, aqui, é que os princípios que defendem a vida animal sejam respeitados.
Que se cumpra a Constituição Federal, na qual em seu art° 255/inciso VII esclarece que é dever do poder público: “proteger a fauna, a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade”.
Que se cumpra a Lei Federal 9.605/1998 (Lei de crimes ambientais), a qual, em seu art° 32, estabelece que é crime: “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”.
Que se cumpra, por fim, o juramento do médico veterinário: “Sob a proteção de Deus, juro que, no exercício da Medicina Veterinária, cumprirei os dispositivos legais e normativos, com especial atenção ao Código de Ética, sempre buscando uma harmonização perfeita entre ciência e arte, para tanto, aplicando os conhecimentos científicos e técnicos em benefício da preservação e cura de doenças animais, tendo como objetivo o homem. E juro tudo isso fazer, com o máximo respeito à ordem pública e aos bons costumes, mantendo o mais estreito segredo profissional das informações de qualquer ordem, que, como profissional, tenha eu visto, ouvido ou lido, em qualquer circunstância em que esteja exercendo a profissão.”.
Por favor, para que transformemos a luta da família Milfont na nossa luta por justiça, por dignidade, respeito à vida e pela ética, encaminhe esta carta a todos que puderem. Façamos chegar nossa indignação a todas as famílias, todos os lares, aos órgãos públicos, às sociedades protetoras dos animais e enviemos, principalmente, nossa necessidade de esclarecimento ao Conselho Regional de Medicina Veterinária para que o caso seja solucionado e que a justiça seja feita.
Crato-Ce, 16 de novembro de 2009.
Aprov – Associação de Proteção à Vida
contato.aprov@gmail.com
www.souprotetor.blogspot.com
* Essa informação foi publicada no dia 16 de novembro de 2009, no programa Rota, da TV Verde Vale.
** Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará, situado a Rua Dr. José Lourenço, nº 3288 - Joaquim Távora - CEP: 60.115-280 – Fortaleza – Ce - Fone/fax: (85) 3272-4886
http://www.crmv-ce.org.br/
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
ADOTE UM GATINHO OU GATINHA!
Que importa se eles trazem pedigri, se tem lacinho de fita no pescoço, se lhe entregaram numa cesta com fita vermelha e uma pequena almofada gostosa de deitar.
Aquele que pode ser seu grande amigo não precisa vir do petshop. Pode estar ‘sutilmente’esquecido numa praça. Pode não ter conhecido o carinho da mãe, não ter desfrutado do seu leite da vida. Fora-lhe possivelmente arrancado dela, quando esta caçava algum alimento. Quando destroçava sacolas de plástico para alimentar o corpo e suas crias. Os irmãos também foram parar na praça, na porta de um açougue, no mercado público, no cemitério, em lugares que talvez nunca encontrem comida. Alguns encontrarão uma doce senhora que lhe colocará comida na rua e isso incomodará o vizinho da direita, o da esquerda, aquele cara que mora há uma quadra dali. Outros cometerão um crime, violarão à Constituição Federal, leis e decretos federais, estaduais, municipais. Quem se importa com lei de animais, elas existem?
Mas aquele que pode ser seu grande amigo deve estar bem próximo a você, no portão, no telhado, no jardim do vizinho. Não vai correr atrás, balançar o rabo, fazer olhar de “quero ser seu” ou “você é a única coisa que tenho no mundo”. Os gatos trazem a liberdade dentro dos olhos, são pacientes, ensinam muito com seu silêncio. Porém, vão adorar um carinho na barriga, vão esfregar seu pêlo macio quando você menos esperar. Vão sentir coisas suas muito antes de você mesmo percebê-las. Se subir no seu colo, é porque confia tanto em você... Vai “filosofar” um pouco, mas você vai aprender muito com isso. Ora vai suprir tua carência, mas quando a troca de carinho for sincera, quando seus olhos também demonstrarem amor, quando você respeitar que todos nós temos nosso tempo e o dele, passa de um jeito diferente.
Ele pode ter pouco pêlo, ser fino e magrinho, ter a cabeça desproporcional ao corpo, ser todo malhadinho, não ter cor definida, ser como gatos de calendário (já reparou que gatos de calendário são aqueles mouriscos, sem raça definida?). Pode ter sofrido acidente, ter uma perninha mais curta, ter ficado sem visão. Mas vai ser sempre o filósofo, o paciente, vai saber esperar seu carinho e vai se enroscar na sua perna num balé que demonstra amor.
Por isso, hoje repare na rua, no jardim, na porta do restaurante, no estacionamento. Ajoelhe-se, sente no chão, estenda a mão. Lembra do carinho na barriga? Atrás da orelha, no pescoço. Esqueça o medo, permita-se sorrir, mesmo que outras pessoas estejam lhe olhando sem entender, ou todos a volta ignorem vocês dois. Volte a ter quatro anos de idade, mexa com os dedos...abra principalmente o coração e leve um grande amigo para casa.
Campanha da Aprov para que gatinhos e gatinhas vítimas de abandono encontrem um lar.
sábado, 24 de outubro de 2009
BINGO SOLIDÁRIO
Domingo é dia de Bingo!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTRA A GLOBO
O diretor geral do programa, José Bonifácio Brasil de Oliveira (o Boninho), foi intimado a cumprir a ordem, sob penas legais. A emissora confirma a intimação recebida na data e informa que ainda está decidindo se vai recorrer ou não.
Intime-se o Diretor Geral do programa “No Limite”, sr. José Binifácio Brasil de Oliveira (conhecido como “Boninho”) para cumprimento desta ordem, sob as penas legais.
Intimem-se a acionada, por seu representante legal.
Enpós, cite-se.
Ciência ao MP.
Demais expedientes necessários.
Trairi, 15 de setembro de 2009
GUSTAVO HENRIQUE CARDOZO CAVALCANTE
JUIZ DE DIREITO"
DIA "D" DA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO ANTI-RÁBICA
terça-feira, 8 de setembro de 2009
APROV NO DESFILE DE 7 DE SETEMBRO
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
PASSE MAGNÉTICO - "ATO DE AMOR E CARIDADE"
Anna Christina Farias de Carvalho[1]
“Há uma grande semelhança entre as relações das crianças e dos homens primitivos com os animais. As crianças não demonstram sinais da arrogância que faz com que os homens civilizados adultos tracem uma linha rígida entre a sua própria natureza e a de todos os outros animais. As crianças não têm escrúpulos em permitir que os animais se classifiquem como seus plenos iguais.” (S. Freud).
A zooterapia é um exemplo desta tendência. Se caracteriza como uma terapêutica de inter-relção entre humanos, com necessidades especiais ou não, e animais o que nos faz lembrar a base do paradigma holístico da indissociabilidade entre o indivíduo e a natureza. Como tratamento coadjuvante, é realizado desde o século XVIII, no Retiro de York, na Inglaterra. Cientificamente, foi reconhecido como terapêutica na década de 1960, através do psicólogo norte-americano Boris M. Levinson.
Entretanto no Brasil, a pioneira em zooterapia foi a psiquiatra Nise da Silveira, aluna de Carl Jung, que desde a década 1950 foi a precussora na pesquisa das relações emocionais entre pacientes e animais, que costumava chamar de co-terapeutas.
No século XXI, avançamos ainda mais este interacionismo, agora humanos espiritualizados aplicam passe magnético em animais enfermos. Tal evolução está acontecendo aqui mesmo no Cariri cearense.
No dia 25 de Agosto, na Clínica Veterinária de Dra. Tarcila Oliveira, um grupo da APROV presenciou uma pequena, entretanto, importante revolução. Integrantes do Grupo Espírita Herdeiros da Paz, liderados por Dra. Leila, aplicaram passe magnético (parcela de energia vital doada por uma pessoa à outra, objetivando promover o reequilíbrio espiritual e físico) às pessoas (e agora aos animais) que estão, por alguma razão, com sua energias desequilibradas.
Entendemos que foi um ato de amor e caridade para com os animais enfermos, entendemos também que foi um ato revolucionário e corajoso, pois poucas pessoas se doam de corpo e espírito pelo equilíbrio da natureza, que se inicia com nosso amor ao próximo, seja ele homem ou animal.
[1] Presidente da Associação de Proteção á Vida – APROV, Crato-CE. Doutora em Sociologia. Professora Adjunta da Universidade Regional do Cariri – URCA. Pesquisadora do Núcleo de Estudos Regionais – NERE/URCA.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
TV Globo adia assinatura de termo antimaus-tratos
A organização não-governamental entrou com a representação após serem exibidas no programa No Limite provas em que participantes comeram peixes vivos e ovos “galados”, ou seja, com fetos de galinha em desenvolvimento. O programa é gravado na praia de Flecheiras, no município de Trairi, a 124 km de Fortaleza. O reality show também mostrou o momento em que os participantes abatem duas galinhas de forma considerada imprópria, contrária à Lei do Abate Humanitário, em vigor no Ceará.
Segundo a promotora de Justiça da comarca de Trairi, Deolinda Noronha, o motivo do impasse seria uma maior abrangência do TAC, para a qual os representantes da emissora não estariam preparados. “O termo não só contempla a proteção da fauna, mas também da flora e a preocupação com os resíduos sólidos”, explica. No documento, fica fixada uma multa de R$ 50 mil por evento de desobediência às cláusulas. Caso a Globo não assine o documento, o MPE pode levar o caso à Justiça em ação civil pública.
Uma cláusula do termo também abordaria um compromisso da emissora em manter a praia livre, sem obstáculos. Em julho, O POVO publicou matéria em que os moradores de Trairi denunciavam interdição na praia para as gravações de No Limite. A liberação do acesso foi feita pela Gerência Regional de Patrimônio da União do Estado do Ceará (GRPU-CE). Questionada sobre o porquê do adiamento da assinatura do TAC e se a emissora realmente assinaria o documento, a Central Globo de Comunicação limitou-se a responder que “a TV Globo se reuniu com o Ministério Público e com a Uipa, mas ainda não foi firmado nenhum compromisso”.
A presidente da Uipa, Geuza Leitão, afirma ter recebido informações de grupos de outros Estados que fariam hoje protestos em frente às filiais da Rede Globo também em referência às provas do No Limite. Para a ONG, as “iguarias” oferecidas pelo reality show são “ocasião em que animais vivos, mortos ou partes deles, são tratados como coisas repugnantes associadas a um desafio ou, ainda mais absurdo, à diversão”.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
APROV PARTICIPA DE "SOPÃO DE SÃO LÁZARO"
Protetora APROV
População participa da Ação Solidária em prol da vida
(São Lázaro - Considerado protetor dos leprosos, para alguns protetor dos cães)
No último domingo, 16 de agosto, um grupo de voluntários da Comunidade Beneficente Zaíla Lavor realizou o “Sopão de São Lázaro”, onde uma gostosa sopa ia sendo distribuída a cães e gatos em comunidades carentes ao longo do caminho do horto, em Juazeiro. A distribuição do sopão também atraía a população, tão privada de condições mínimas de subsistência.
A APROV, convidada pela nossa colaboradora Dra. Tarcila (Veterinária) e pela Dra Leila, esteve presente nesse domingo de solidariedade. É claro que sabemos a infinidade de problemas que se acumulam, seja nas próprias comunidades, excluídas, alijadas de uma vida digna, ou nos animais encontrados no caminho, alguns abandonados, outros simplesmente famintos. Mas o que o sopão parecia nos despertar: solidariedade e amor. Um domingo, incomum, daqueles que fazem bem ao espírito. Daqueles em que você encontra pessoas do tipo: “eu faço a diferença”.
Obrigada à Tarcila, Leila, às crianças do grupo Herdeiros da Paz, obrigada aos participantes desse projeto que defende a vida.
Para quem aceita a crença, oração de São Lázaro:
"Ó São Lázaro, vós que suportastes terríveis sofrimentos da vida terrena, com a certeza de alcançar a felicidade no céu, abre meu coração à palavra de Deus Todo-Poderoso na Bíblia e aos ensinamentos da Igreja Católica. Dai-me um coração sensível às doenças e a miséria dos meus irmãos e de toda vida terrena que é, assim como minha própria vida, permitida por Deus e abençoada. Abre meus olhos para ver e compreender que "O que aqui se faz aqui se paga" é uma sentença falsa e enganosa. Porque, a perfeita e definitiva justiça só acontece na outra vida. Ajudai-me a crer com firmeza na realidade do céu e do inferno, para que eu não venha a me arrepender quando for tarde, como aconteceu com o rico da parábola. São Lázaro, rogai por mim, por meus irmãos e por todos os seres vivos. Escutai minha prece [Fazer o pedido] e eleva minhas palavras e minha necessidade ao Deus Todo-Poderoso. Amém".
terça-feira, 11 de agosto de 2009
MATADOUROS NO CEARÁ
Matadouro clandestino no município de Quixadá (foto: Alex Pimentel)
OPINIÃO
Em reportagem veiculada no último dia 10 de agosto de 2009 (que transcrevemos em nosso blog), o jornal Diário do Nordeste denuncia o quadro dramático em que funciona grande parte dos matadouros no Estado do Ceará. Diante da realidade que nos é colocada, como membro da APROV – Associação de Proteção à Vida, sinto-me compelida a fazer algumas reflexões.
A cadeia de carnes no Brasil registra números robostos e cifras bilionárias. Dados do IBGE revelam, considerando apenas o primeiro trimestre de 2009, que 6.446.000 cabeças de gado foram abatidas na pecuária brasileira (ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais) . Melhoramento genético, incorporação de novas práticas zootécnicas, tecnologias de transformação e beneficiamento são criadas e repensadas em nome de uma maior eficiência econômica. Eficiência econômica? Sim, estamos falando de um mercado, como qualquer um na economia atual, cujo objetivo maior é o ganho de competitividade, através da obtenção de um produto de melhor qualidade a menores custos. Os interesses? Atender, portanto, às necessidades de um mercado interno e externo em constante transformação (“Poxa, como a União Européia é exigente”!).
Mas por quê refletir sobre um mercado específico, que gera renda como tantos outros? Simplesmente porque a “mercadoria”, aquele “objeto”, que no mercado gera o lucro, são os animais. Portanto, há que se chamar atenção que aqui está sendo discutida a vida.
Os graves problemas de saúde pública, advindos de condições sanitárias degradantes, como as descritas na reportagem, contrastantes com a pecuária promissora brasileira, são notórios. O cenário de filme de terror descrito na matéria expõe uma situação que se repete em denúncias que envolvem a questão animal. Nós, humanos, que consumimos diariamente os produtos dessa indústria, podemos ser acometidos, tragicamente, por bactérias patogênicas ou doenças parasitárias. Assim, nossa tragédia vira “notícia” falada, escrita e filmada, como aquelas notícias de humanos que adquirem calazar ou raiva e aí são suscitadas campanhas, que muitas vezes depois são esquecidas.
O outro lado do mercado, ou dos problemas de saúde pública, que também se tornam problemas econômicos (porque nessa hora também viramos mercadoria, ou melhor, viramos estatística e números que pesam no orçamento público), é a violência e o desrespeito à vida que como locomotiva, move a indústria de carnes no mundo, no Brasil e aqui, bem perto de nós. A argumentação intelectual e científica já mostra que os animais não são feitos só de instintos, tendo, portanto, sentimentos, sabem o que é stress, angústia, medo (nem precisa comprovação da ciência, basta ter em casa um gato ou cãozinho). Os atos de violência descritos não são simplesmente atos cruéis, são crimes que violam a Constituição Federal (em seu Art 255/inciso VII), o Decreto Federal 24.645/1943 (Lei de proteção aos animais) e a lei Federal 9.605/1998 (Lei de crimes ambientais), nos quais maltratar animais é crime.
No momento em que a bioética é discutida em todo o planeta, torna-se objeto de estudos multidisciplinares, que envolvem medicina, direito, filosofia etc., em que o Brasil dá contribuições a fim de que se avance para além dos critérios biomédico e biotecnológico, envolvendo também os campos sanitário, social e ambiental, a sua tradução e materialização parece absolutamente utópica no ceará. Na verdade, pensar a vida e nela importar-se com a vida animal, tem que ser prática, realidade diária dos indivíduos e poder público; tem que estar na escola, nos currículos das Universidades e simplesmente, na nossa casa.
A matéria é importante não apenas porque denuncia irregularidades, mas por, de alguma maneira chamar atenção à vida e por dar espaço à opinião de uma especialista, valorosa protetora, integrante da União Internacional Protetora de Animais – UIPA.
Christiane Luci Bezerra Alves
(Professora do Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri; Secretária e Integrante da APROV)
Diário do Nordeste - Regional - 10/08/2009
Relatório mostra grave quadro de matadouros do Estado
Quixadá O flagrante de um abatedouro funcionando em situação irregular na periferia de Quixadá traz à tona um grave problema de saúde pública. Além do sacrifício cruel dos animais, falta estrutura para o corte da carne que vai à mesa do consumidor. A maioria dos matadouros públicos do Interior do Estado do Ceará não possui higienização. Também faltam estrutura e equipamentos para a matança. Um levantamento disponibilizado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) expõe o grave quadro dos matadouros.
O diagnóstico, elaborado pela RMS Engenharia foi solicitado em 2006 e atualizado por solicitação do Governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades. No relatório, o quadro é apontado como de caos. O processo de abate é realizado de forma desumana. O boi agoniza a marretadas. A esfola é realizada no chão, sem higiene adequada. O método também viola a lei estadual 12.505. O dispositivo legal estabelece o uso de pistola pneumática na matança. Não é o que ocorre na maioria dos abatedouros.
As irregularidades se estendem ao tratamento das águas residuais. Em 59% dos matadouros não existem dispositivos ou estações de tratamento. Outros 32% utilizam as próprias fossas como estrutura de despejo. A situação se agrava pela falta de controle sanitário eficiente. Também faltam instalações para acondicionamento da carne e derivados. Apenas 2% possuem licença ambiental. Em grande parte das cidades existe abate clandestino. Juntas, as anormalidades acarretam prejuízos para a saúde e meio ambiente.
Até o último levantamento, realizado em maio passado, o Ceará possuía 223 matadouros. Desse total, estão em atividade 159 públicos e 20 particulares. Outros 20 estão desativados e 23 em fase de implantação. A maioria dos matadouros ativos, 64%, abate animais tanto de grande como de pequeno porte. Em 53% deles há matança de bovinos, suínos e caprinos. Outros 11% abatem apenas bovinos e suínos. O abate somente de bovinos corresponde a 30%, enquanto apenas 6% não trabalham com a espécie. Esses dados serão utilizados na elaboração de um plano estratégico de implantação de matadouros regionais. No mês de setembro, um comitê intersetorial formado pelas Secretarias das Cidades, do Desenvolvimento Agrário, da Saúde e do Meio Ambiente deverá se reunir para planejar as ações, explicou o orientador da Célula de Resíduos Sólidos e Infraestrutura Sanitária da Secretaria das Cidades, Paulo César Alves.
De acordo com o especialista, o encontro norteará a viabilidade econômica das unidades de abate. O sistema de consórcio é apontado como alternativa.
Alves não definiu quando o Comitê fechará a questão. Ressaltou apenas o interesse do Governo do Estado em agilizar a instalação dos abatedouros regionalizados. O último governo a se interessar pelo problema foi o de Virgílio Távora, há mais de duas décadas. Segundo o técnico, na atual gestão, o Estado já disponibilizou R$ 2,9 milhões. Ele avalia a necessidade de garantias sólidas para que os investimentos se tornem auto-suficientes. A construção de uma unidade modelo de médio porte custa em média R$ 1 milhão.
Segundo o técnico do Núcleo de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado, Norival Santos, várias são as doenças veiculadas por alimentos de origem animal. Dentre as de interesse sanitário, encontram-se as parasitárias: cisticercose, toxoplasmose, fasciolíase hepática; as de origem bacteriana como a salmonelose e brucelose e a de origem viral, febre aftosa. Todas estas enfermidades estão associadas a deficiências no controle sanitário dos animais destinados ao abate e na ineficácia dos sistemas de controle de qualidade durante o processamento das carnes.
Portanto, torna-se necessária a adoção de boas práticas em todas as etapas do processo visando garantir a produção de alimentos seguros, mantendo, assim, características nutricionais e qualidade sanitária. A qualidade do alimento produzido depende de fatores como condições da matéria-prima a ser beneficiada, estrutura oferecida para o processamento, conservação e acondicionamento para o produto acabado. A cadeia produtiva segue da produção primária até a distribuição do alimento oferecido.
Santos explica que a carne é um alimento altamente proteico e rico em vitaminas minerais. Apresenta características intrínsecas as quais contribuem para que os processos de deterioração sejam acelerados após as transformações bioquímicas ocasionadas após o abate. Para que isto não ocorra, é necessário que as boas práticas de manipulação e métodos de conservação sejam adotados para inibir a ação de microorganismos. Condições estruturais adequadas e controle de qualidade permanente podem reduzir os riscos para o consumidor.
Por meio da Coordenadoria de Promoção e Proteção a Saúde e do Núcleo de Vigilância Sanitária, a Sesa realizou um diagnóstico situacional das condições higiênico-sanitárias e ambientais de 164 matadouros sendo 150 públicos e 14 privados. Foram encontrados riscos desde a qualidade da matéria-prima até a comercialização .
QUIXADÁ
Novo local esbarra na burocracia
Quixadá Sobre a unidade de abate no município de Quixadá, o presidente da Empresa de Serviços e Negócios de Quixadá (Empresq), que gerencia o abatedouro, Helano Bezerra, explicou já haver um projeto para construção do novo prédio. A obra aguarda recursos da ordem de R$ 500 mil, todavia esclareceu o administrador depender do Governo Federal a liberação da verba.
De acordo com ele, o processo se arrasta pelos corredores de Brasília faz mais de dois anos. O município não possui recursos para arcar sozinho com as despesas. A contrapartida, de 20%, já está assegurada, completou.
Improvisado
Enquanto o novo prédio não chega, nos fins de semana, o mercado público e a maioria dos açougues dependem do matadouro improvisado nos fundos de uma mercearia, numa área residencial, para atender toda a freguesia.
A Vigilância Sanitária local reconhece que a área de abate é melhor estruturada que o abatedouro municipal. Mas, a vizinhança se sente incomodada com o trabalho. A situação foi denunciada à polícia e as irregularidades constatadas.
O proprietário, Eurismar Monteiro de Moura, alegou aos policiais que realiza o abate faz mais de uma década. Ele confirmou não possuir licença para funcionamento do matadouro. Moura também não possui veterinário para inspecionar os animais antes do abate. Mesmo assim, continua a prática.
Compete à Prefeitura de Quixadá a interdição do local, mas o comerciante atende os mesmos requisitos utilizados no matadouro da cidade. Até os esfoladores são os mesmos.
Fiscalização
Enquanto a Empresq tem dificuldades para implantar o abatedouro modelo, a Vigilância Sanitária do município tenta coibir a matança clandestina. A moita ainda continua sendo uma prática muito comum na cidade.
Neste ano, três locais que praticavam a atividade irregularmente, foram fechados. O diretor da Vigilância Sanitária municipal, médico veterinário Cláudio Medeiros, vê como saída para o problema a participação dos moradores, denunciado as irregularidades. Apenas a Fazenda Pé de Serra possui estrutura para o abate de animais de pequeno porte.
FASE EXPERIMENTAL
Pedra Branca é exceção no Sertão
Quixadá. Em julho de 2006, o Diário do Nordeste abordou o problema. Os matadouros públicos ainda continuam sendo de grande utilidade nos municípios do Interior. Mas as condições não têm avançado muito. Ainda são poucas as cidades a contarem com unidades onde as normas de abate são cumpridas. Pedra Branca, no Sertão Central, é uma das exceções. A estrutura passou a funcionar no início do mês passado. Com capacidade para abater 12 animais por hora, atende os critérios estabelecidos pelos órgãos oficiais de controle agropecuário e sanitário.
O secretário de Agricultura de Pedra Branca, Hélio Chaves Bastos, informou que os investimentos para implantação do abatedouro modelo foram da ordem de R$ 780 mil. Até sua conclusão, a obra se arrastou quase três anos. Houve necessidade de reelaboração do projeto. Hoje, o matadouro funciona em fase experimental. Aguarda a licença ambiental. Bastos disse que a luta não foi fácil. Ainda restam alguns ajustes.
Captação de recursos
Sobre a captação de recursos para o "abatedouro utópico", como definiu Hélio Bastos, o orientador da Secretaria das Cidades informou ser proveniente do Programa de Cooperação Federativa (PCF). Os deputados podem solicitar, todavia, ele vê a formação de consórcios públicos como a saída mais adequada. Há necessidade de autossustentabilidade dos serviços de abate. Não há como manter o funcionamento dos matadouros com recursos públicos. Os estudos sobre os custos ainda estão sendo realizados.
ALEX PIMENTEL
COLABORADOR
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Dor de animais pode prejudicar consumidores
Abatida sem as condições de higiene e inspeção sanitária, a carne de moita - prática muito utilizada em todo o Estado - além de infligir enorme sofrimento aos animais que são abatidos com marretadas, facadas e golpes de foice, provoca risco à saúde do consumidor. Nesses matadouros clandestinos - muitas vezes em fundos de quintal - não se sabe se antes de morrer o animal estava doente, além do que, com o sofrimento prolongado em virtude da morte lenta, a sangria torna-se mal feita porque o animal fica deitado e o sangue não consegue sair todo do corpo. Tal fato provoca a disseminação das toxinas do sangue na carne e, segundo profissionais da Medicina e Medicina Veterinária, a demora do sangue na carne facilita a contaminação bacteriana e a deterioração, possuindo acentuado índice de toxinas, substância essa liberadas pelo organismo do animal abatido por meio do método cruel. Trata-se do processo da glicose, transformação do glicogênio em ácido lático, que afeta a textura, o sabor e a conservação da carne. Tanto a carne proveniente de matadouros clandestinos quanto a abatida em matadouros públicos, não sendo utilizados os métodos adequados, traz grande prejuízo ao consumidor. Estudos desenvolvidos por cientistas e publicados na Revista da Sociedade Zoófila Educativa de São Paulo dão conta que o sofrimento e o medo da morte cruel a que são submetidos os animais provocam na carne a formações de toxinas que podem prejudicar o consumidor.
Geuza Leitão
geuzaleitao@bol.com.br
Advogada e presidente da Uipa
Mais informações
Secretaria Estadual das Cidades
(85) 3101.4448
Secretaria da Saúde do Ceará
(85) 3101.5123
Empresa de Serviços e Negócios de Quixadá (Empresq)
Sertão Central
(88) 3414.4700
Secretaria de Agricultura
Município de Pedra Branca
Sertão Central
(88) 3515.2426
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terça-feira, 4 de agosto de 2009
Cão agoniza após tomar o anestésico, a espera da dose fatal - Protetoras intervém, solicitando uma dose maior do anestésico. Naquele momento, o que é inevitável, pode ser feito com o mínimo de dignidade e respeito!!!
A espera cruel - Todos têm zoonose fatal?
Cães empilhados depois do sacrifício - E a eutanásia estava apenas começando...
APROV VISITA CENTRO DE ZOONOSE DO CRATO
Integrantes da Associação de Proteção à Vida – Aprov – realizaram visita ao Centro de Zoonose do Crato (CCZ) na última sexta (31). O objetivo da visita foi acompanhar as eutanásias de cães e gatos, realizadas toda sexta, para monitorar se os procedimentos recomendados por lei são feitos.
Na ocasião, a Aprov solicitou à direção do CCZ relatório semanal com informações sobre: número de animais que chegam ao Centro; quantos têm zoonozes irreversíveis, sendo necessária a eutanásia; como são diagnosticadas as zoonozes. Além de informações de quantos animais são adotados e qual o destino dos animais saudáveis.
A associação realizará visitas semanais ao Centro de Zoonose para garantir acompanhamento sistemático. A próxima será sexta, 7 de agosto. A ideia é construir banco de dados que gere subsídios para estudos, pesquisas e projetos, visando ao bem-estar e tratamento ético dos animais e da população em geral. Abaixo, segue Carta Aberta, escrita pela presidente da Associação, Anna Christina Farias de Carvalho, após visita ao Centro de Zoonose do Crato.
Aprov é uma entidade sem fins lucrativos, localizada no Crato, que combate os maus tratos sofridos por animais, incentivando a posse responsável, especialmente, através da adoção de cães e gatos abandonados. Mais informações: (88) 8845-3542 (Antônia); e.mail contato.aprov@gmail.com Você pode ainda acessar o blogger: www.souprotetor.blogspot.com.
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO E AOS PODERES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CRATO – CEARÁ
“Qual é o princípio ético que deve nos conduzir?”. Esta foi uma das perguntas que Albert Schweitzer1 fez durante sua trajetória de vida e diante de um mundo que se descortinava com tanta intolerância e desigualdade. A resposta veio como uma iluminação que só as pessoas que entendem a importância de uma vida poderiam pensar:
“A reverência pela vida! Tudo que é vivo deseja viver, e tem o direito de viver. Nenhum sofrimento pode ser imposto sobre as coisas vivas para satisfazer o desejo dos homens.”.
Com estas palavras, Schweitzer se firma como um dos precursores da Bioética no Planeta, defendendo e difundindo o princípio do respeito às obrigações éticas não só com o homem, mas com todos os seres vivos, pois segundo ele “a compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.”.
Meus caros leitores, vamos ao porquê desta Carta Aberta. Faço parte de uma associação sem fins lucrativos, que tem como missão promover a proteção da biodiversidade, pelo desenvolvimento de uma relação harmônica entre a humanidade e o meio-ambiente, denominada Associação de Proteção à Vida - Aprov2, constituída oficialmente em junho do corrente.
Hoje, 31 de julho, eu e algumas companheiras de luta pela vida, assistimos a cenas dantescas, mescladas de indiferença e intolerância para com a vida de cães e gatos, sacrificados de forma indiscriminada – e nem um pouco indolor – pelos funcionários do Centro de Controle de Zoonoses do Crato, CCZ.
Vim para casa refletir: De quem é a culpa?
De Dr. Heldon, diretor do CCZ, que trabalha com recursos humanos e financeiros precários, como a maioria dos órgãos de promoção à saúde no País? Dos agentes que sacrificam os animais dentro de condições insalubres e estressantes e não têm direito a salário digno, nem insalubridade para sustentar a si e sua família? Do Conselho de Medicina Veterinária que não fiscaliza sistematicamente o cumprimento da Resolução n° 714, de 20 de junho de 2002, que dispõe sobre o procedimento correto da eutanásia do animal com zoonose? Dos poderes públicos que não destinam verbas específicas para os CCZs?
É culpa da população que não está e nem é sensibilizada para a adoção responsável, em sua maioria desconhecendo os seus direitos e os direitos dos animais? (Lei de Crimes Ambientais, n° 9605, de 12 de fevereiro de 1998, especialmente em seu art. 32 que estipula como crime contra fauna: “Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.”.). Então? A quem culpar?
Deixo a pergunta para a reflexão de cada cidadão e cidadã do Crato, comprometido com um mundo melhor para todos os seres vivos: humano, animal e vegetal. Nesses tempos de tantas intolerâncias, indiferenças, banalização da violência e descaso com a vida, aquela frase de Jesus Cristo está sendo cada vez mais esquecida: “Ama a teu próximo como a ti mesmo.”.
Por último, solicito que acessem nosso blog. Lá, encontrarão fotos, informações e formas de ajudar à nossa luta por um planeta harmonioso.
Anna Christina Farias de Carvalho3
Diretora Presidente da APROV
1 Albert Schweitzer (1875- 1965), prêmio Nobel da Paz em 1952. Teólogo, médico, músico, missionário e filósofo alemão.
2 Aprov - Associação de Proteção à Vida (CNPJ 10.899.539/0001-88). Contatos: (88) 88453542 ou 96048204. E-mail: contato.aprov@gmail.com Site: www.souprotetor.blogspot.com
3 Doutora em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba. Pesquisadora do Núcleo de Ciência, Filosofia e Espiritualidade (NECEF) e Núcleo de Estudos Regionais (NERE), da Universidade Regional do Cariri (Urca). Professora Adjunta do Departamento de Ciências Sociais da Urca. Diretora-Presidente da Associação de Proteção à Vida (Aprov). Contato: anna_crica@hotmail.com
quarta-feira, 22 de julho de 2009
CONTATOS, VISITAS E ADOÇÕES...
Daniel de Juazeiro do Norte, feliz com a adoção de sua filhotinha!!!
Com a equipe da TV Verdes Mares
Arlene, Vice-presidente da APROV
Os dias em que a APROV esteve na ExpoCrato foram marcantes por muitos motivos, entre eles, os vários contatos feitos pela entidade. Descobrimos ali, muitos protetores e protetoras apaixonados, que constroem, no seu dia a dia,momentos de entrega e solidariedade. Os nomes são tantos...Edson, Rafaela, Susana, Anderson, Iasmym, Bernadete, Mônica, Sibeli, César, Giovana, Vicente, Lara, Eva, ufa...caberia aqui um alfabeto inteiro. Aos nossos simpatizantes da URCA (Álamo - Biologia; Otonite - História; Cileide - Direito; Roberto Marques -Ciências Sociais; Rosemary - Economia; Carlos Rafael - Ciências Sociais; Firmiana - Geografia; Virgínia - História; Fatinha - História; Clara - Pedagocia; Iara - Pedagogia; Carlos Kleber - Engenharia de Produção) um abraço especial.
Fizemos algumas divulgações com a imprensa, através da Rádio Princesa FM, TV Verde Vale, Jornal do Cariri, TV Verdes Mares, Blog do Tarso Araújo e deixamos aqui nosso agradecimento e o convite para conhecer um pouco mais a entidade.
Os contatos com a Polícia Militar e Polícia Ambiental foram importantes e podem render futuras parcerias.
E o que consideramos prioridade, as longas conversas sobre posse responsável, tratamento ético e sensibilização contra abandonos e maus tratos, com a divulgação das leis de proteção aos animais.
No final da semana, o primeiro ensaio para o que será nossa feira de adoção!!!
Hoje somos cerca de 50 associados e associadas, mas queremos ser grandes, muitos, pois precisamos de corações e mentes apaixonados. Assim, fica o convite a todos e a todas para que se juntem a nós. A espera de nossos focinhos é longa, mas lindamente recompensadora.
Abraços aprovianos!!!!
APROV EMOCIONA VISITANTES DA EXPOCRATO E FILHOTES DE CÃES SÃO ADOTADOS
De
Mas, no Espaço Aprov – montado em frente ao Pavilhão da Urca – o que mais chamava atenção e emocionava os visitantes eram os cartazes com as fotos de cinco cães para adoção. Os filhotinhos sensibilizavam crianças, jovens e adultos. Ao final da exposição, um saldo positivo para os cães. Três foram adotados e outros dois saíram com promessas de adoção.
Os cães (e gatos também) cuidados pela Aprov foram encontrados abandonados pelas ruas ou por famílias que não têm condições de cuidar das ninhadas dos seus bichos de estimação. Há ainda animais vítimas de maus tratos e outros abandonados por motivos banais, como a compra de um cão de raça. É por isso que a maioria chega às mãos da Aprov necessitando de cuidados médicos.
Antes de serem entregues a uma família, os cães e gatos recebem tratamentos de doenças oportunistas, como sarna e verminoses. Além de vacinas para evitar doenças caninas, entre elas, parvovirose, cinomose e raiva. A Aprov conta, hoje, com o apoio de dois veterinários membros da Associação: Dr. Henrique (da Canifel no Crato) e Dra. Tarcila (da Clivet em Juazeiro).
Todo o trabalho da Associação é voluntário e a Aprov se mantém, através de doações e contribuições financeiras de seus membros (o valor mínimo para contribuir como associado é de R$ 5,00 mensais). A entidade realiza ainda Bazares da Solidariedade e a venda de souvenires, como camisas e bolsas com as mascotes Yuri e Vick ou com a logomarca da Associação.
A ExpoCrato foi um pequeno ensaio para a feira de adoção que a Aprov pretende organizar, no Crato, até o final do ano. Mais informações sobre como se associar ou sobre posse responsável pelo telefone: 8845-3542 (Antônia) ou pelo E.mail. contato.aprov@gmail.com. Você ainda pode acessar o Blogger: www.souprotetor.blogspot.com
(Release enviado para imprensa - 22 de julho de 2009)